Educação Básica

Estratégias para enfrentar os desafios de ensinar à distância

Segundo pesquisa realizada em 2020 pela UFMG em parceria com a CNTE, 89% dos professores nunca tiveram experiências anteriores com ensino remoto.


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Professora em cenário de aulas híbridas [1]

É de conhecimento geral que a pandemia do Coronavírus (COVID-19) gerou impactos em todas as esferas sociais, inclusive, no campo educacional. As escolas ganharam uma nova roupagem e a forma de trabalhar com o ensino mudou completamente, essas transformações nasceram da compreensão e necessidade de adequação para recriar o novo cenário educacional conforme o cenário pós-pandemia.

Em face a esses importantes acontecimentos, o profissional da educação foi  pego um tanto de surpresa e de maneira despreparada, é o que afirma a pesquisa realizada em 2020 pela UFMG em parceria com a CNTE, que 89% dos professores nunca tiveram experiências anteriores com ensino remoto, além disso, 84% destes afirmam que o envolvimento dos alunos diminuiu um pouco ou diminuiu drasticamente durante a pandemia.

Mas quais são as causas desses fatores que elevaram de forma significativa esses dados? Qual o motivo da insegurança de nossos profissionais da educação? E a longo prazo, o que isso pode vir a causar?



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Professora e aluna conversando em sala de aula sobre atividade avaliativa [2]

A fim de partilhar pautas importantes que envolvem essas estatísticas, tivemos a iniciativa de criar a “Rede Super Ensino", a qual funciona a partir de encontros mensais em nosso canal no YouTube  com o objetivo de contribuir com a comunidade escolar através de temas relevantes para a construção de uma educação inovadora e transformadora.

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Para a primeira edição das Lives Pedagógicas da Rede Super Ensino trouxemos como tema: Estratégias para enfrentar os desafios de ensinar a distância, e para participar dessa importante pauta, convidamos os professores especialistas sobre esse e outros temas relacionados à vivência escolar, Amaury JR, graduado em Pedagogia, pós-graduado em Neuropsicopedagogia, e Marcio Santos, Doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Mestre em Educação pela UFAM.

"A inclusão dessas metodologias ocorria de forma gradativa, diferentemente de como tem se dado nos últimos anos [...] Mas para que seja eficiente, exige  organização e um trabalho pedagógico bem estruturado..."

Professor Dr. Márcio Santos

Diante desses desafios enfrentados por toda a comunidade escolar, de se adequar às aulas remotas e ao modelo híbrido, professores e alunos fazem uso de ferramentas que estão à sua disposição para adequar a realidade vivida buscando trazer melhorias para o processo de ensino-aprendizagem. Durante esse período, um importante fator contribuiu para a ascensão das aulas remotas, visto que as ferramentas tecnológicas colaboraram para essa nova realidade devido à pandemia da Covid-19.

De acordo com o professor Márcio, já estávamos vivendo essas transformações e mudanças na educação com a inserção das TIC’s (Tecnologias de Comunicação e Informação) como exigência das diretrizes curriculares na formação de professores. No entanto, a inclusão dessas metodologias ocorria de forma gradativa, diferentemente de como tem se dado nos últimos anos, após sua completa inserção nos espaços escolares.

Mas para que seja eficiente, exige  organização e um trabalho pedagógico bem estruturado, pois não é apenas executar o que antes se fazia no presencial, torna-se necessário aplicar agora no online ferramentas inovadoras desenvolvidas para esses espaços.

Desse modo, constata-se que essa iniciativa de adaptação dispensa improvisos, pois é preciso pensar em diversas lacunas importantes, considerando, por exemplo, o acesso à rede pelos alunos.

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Aluna realizando atividade em sala de aula durante o período de retorno às aulas com auxílio de professor [3]

Segundo o  professor Amauri Junior, o ensino híbrido chega como uma solução para superar o momento pandêmico, afinal foi um longo período de adaptação com práticas inovadoras, e o educador cita como exemplo o uso da plataforma Super Ensino: “é uma ferramenta de acesso gratuito como inúmeras outras, que dão todo suporte aos professores e alunos, contribuindo com sua formação ao trazer esses recursos para a sala de aula. Eu utilizava com meus alunos e eles adoravam."

É possível ver a forma como a sala está sendo modificada, bem como as relações e metodologias inovadoras que,  gradualmente, ganham espaço ao serem inseridas no processo de ensino-aprendizagem. Logo, os alunos ganham um protagonismo diferente, tornando-se mais autônomos, diferindo do modelo de ensino totalmente tradicional, tendo em vista que esse aluno também mudou seu comportamento e formas de pensar, diante disso o professor compreende a necessidade de trazer novos recursos para ajudar o educando nesse processo, assim incorporando a possibilidade da cultura digital dentro das nossas práticas pedagógicas.

Como fica a saúde mental e emocional do professor durante esse período?

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Aluna em aula online durante o período de aulas remotas com professora. [4]

Em paralelo a essa realidade, está sendo cobrado aos profissionais da educação novas formas de adequação ao ensino híbrido ou remoto, mas como o professor tem lidado com essas mudanças constantes, que incluem a adaptação às novas ferramentas, modelos de ensino, sobretudo agora com o retorno às aulas presenciais?

Segundo a Revista da Educação em pesquisa realizada pelo Instituto Península com participação de professores de todo o Brasil, mais de 88% afirmaram que sua primeira experiência com aulas online foi durante a pandemia e não se sentem preparados para o ensino remoto.

No entanto, o professor Márcio afirma que, com a pandemia, a ansiedade foi intensificada e isso pode levar o profissional a adquirir condições de enfermidade. Pensando nessa problemática, a UEA realizou, durante esse período, diversas iniciativas psicossociais para trabalhar com os profissionais da educação, os ajudando a lidar com esse cenário, que atravessa rápidas mudanças e perdas de entes queridos, o que pode afetar diretamente o seu emocional:

“Primeiramente, atuamos na escuta, e na procura de um profissional, apesar da ansiedade ser algo natural do ser humano, quando chega ao ápice e afeta nosso equilíbrio mental, com características como calor no corpo, tremor nas pernas, e aumento dos batimentos cardíacos, já é necessário se atentar e buscar ajuda”.

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Crédito das imagens:

[1] M2020 / Shutterstock

[2] Drazen Zigic / Shutterstock

[3] Smile Studio AP / Shutterstock

[4] lakshmiprasada S / Shutterstock



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